quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A briga com a balança


 

   Ano passado, para divulgar o serviço da profissional de nutrição que a agência de viagens onde trabalho disponibiliza, relatei sobre minha briga com a balança desde criança na Alanews, revista bimestral editada pela Alatur JTB. Falei sobre a importância de procurar a nutricionista antes de fazer alguma besteira pois as pessoas hoje recorrem a procedimentos cada vez mais loucos para ter um corpo bonito e emagrecer. Resolvi escrever novamente sobre o assunto pois entrei em contato com um laboratório para marcar um exame e a funcionária, muito simpática, me fez a seguinte pergunta:

- Você ainda possui 55 Kg?
- (risos) Moça, infelizmente não, mas me sinto melhor hoje com meus 60 e poucos!
- Que ótimo!

  Acho que fui a única mulher que respondeu isso para ela durante todo seu tempo de trabalho na marcação de exames do laboratório. Ao relatar a conversa para minha mãe, ela me pergunta se respondi isso mesmo, acreditando que não, e confirmo o diálogo. 

   No meio do ano passado, quando iniciei o tratamento, percebi que estava ganhando peso. Fazia atividade física, comia o de sempre (quase nada) e ainda assim, a balança subia. Questionava o médico, fazia exames e nada, não achava o motivo de estar engordando, até encontrar um blog na internet sobre as medicações e li comentários de pessoas que estavam muito bem, que o medicamento fazia efeito, mas tinham engordado muito. Estava mais que explicado. Pedi socorro ao médico e pedi que me mudasse a medicação, já que não sabia se era melhor ser uma magra triste ou uma gorda feliz. Rindo, ele me indicou outra e depois outra e, pelo menos, a balança estacionou. Também fiz a burrada de fazer musculação e ganhar massa sem querer, lógico que o ponteiro da balança ia subir!

   Meta de 2015, emagrecer. Primeira tentativa, dieta dukan (só comer proteína), depois do terceiro dia, eu eliminei três quilos, roupas mais largas, rosto mais fino, mas fiquei fraca, pálida e com dores nos rins. Ao anunciar que não poderia mais continuar com a dieta, ouvi que não tinha força de vontade. 

   Eu não desisti de emagrecer, pelo menos os quilos que ganhei com a medicação, mas antes tarde do que nunca, vou seguir a dieta da nutricionista, continuar me exercitando como sempre e parar de ficar pesando besteira e ouvir mais as pessoas que me ajudam a entender que não preciso sofrer dessa forma só porque o mundo diz o que tenho que ser. Ser do jeito que eu sou me deixa até mais jovem e mais feliz!